Ações para ganhar dividendos: XP destaca Energisa (ENGI11) e Itaú Unibanco (ITUB4)
A XP atualizou sua carteira Top Dividendos em maio com mudanças estratégicas: a inclusão da Energisa (ENGI11), o aumento da participação do Itaú Unibanco (ITUB4) e a retirada do Banco do Brasil (BBAS3). A corretora também reduziu o peso da B3 (B3SA3), aproveitando a valorização dos papéis para realizar parte dos lucros.

O movimento reforça a busca por nomes com desempenho consistente e distribuição de proventos relevante, especialmente em setores como utilidades públicas e instituições financeiras. A carteira acumula retorno de 208,2% desde seu início, superando amplamente o Ibovespa no mesmo período (88,3%).
Reavaliação de fundamentos e dividendos
A saída de BBAS3 ocorre após fracos resultados no primeiro trimestre. “Os números do 1T25 ficaram bem abaixo do que nós e o consenso esperávamos”, aponta o relatório da XP, que também citou a revisão de guidance do banco como fator de instabilidade para as estimativas futuras.
A B3, embora mantenha valuation considerado atrativo, teve seu peso reduzido de 10% para 5%. Já o Itaú teve aumento de participação de 12,5% para 15% na carteira, impulsionado pelos bons resultados trimestrais, com “forte crescimento da carteira, inadimplência controlada e níveis elevados de ROE”.
A nova integrante, Energisa (ENGI11), entra na seleção devido ao desempenho operacional consistente em suas distribuidoras e pela renovação de concessões a partir deste ano, o que amplia a visibilidade dos fluxos de dividendos no longo prazo.
Composição atual da carteira Top Dividendos XP — maio/25
A carteira Top Dividendos de maio reúne os seguintes papéis: B3 (B3SA3), Cemig (CMIG4), Copel (LE6), Caixa Seguridade (CXSE3), Eletrobras (ELET3), Energisa (ENGI11), Itaú (ITUB4), Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e Vivo (VIVT3).
Entre os destaques em dividend yield estão: Petrobras, com 13,8%, Caixa Seguridade (8,5%), Itaú (8,4%) e Cemig (8,0%). O yield médio da carteira é de 7,2%, alinhado com a estratégia da XP de selecionar ativos com bom retorno em proventos e fundamentos sólidos.
Com essas mudanças, a XP ajusta sua carteira de dividendos para manter equilíbrio entre retorno, previsibilidade e resiliência operacional.