Westwing (WEST3) precifica oferta inicial de ações perto do teto e capta R$ 1,16 bi
A Westwing (WEST3) precificou na noite desta terça-feira (9) sua oferta inicial de ações (IPO) por R$ 13. O preço do papel ficou próximo ao teto da faixa indicativa, que ia de R$ 10,50 a R$ 13,66. A companhia levantou R$ 1,16 bilhão na operação e foi avaliada em R$ 1,55 bilhão, de acordo com o site da Exame.
O e-commerce de decoração ofertou, ao total, cerca de 89,3 milhões de ações, sendo 66,2 milhões propostas inicialmente, 13,1 milhões de um lote adicional e 10 milhões de um lote suplementar. Os investidores compraram tudo o que a Westwing podia, de acordo com o seu prospecto preliminar, ofertar.
De início, metade da oferta da varejista era de ações primárias, com novos papéis sendo emitidos pela empresa e com o dinheiro arrecadado indo para o caixa, e metade de ofertas secundárias, com a venda de ações já existentes e o capital indo para o bolso dos acionistas vendedores.
Com os lotes extra e suplementar, a divisão do que foi vendido pela Westiwing ficou em cerca de 35% de novas ações e 65% saindo da parte de quem já era investidor.
35% do capital levantado será utilizado pela Westwing em novos investimentos
Segundo a Westing, o dinheiro levantado com a oferta primária, cerca de R$ 406 milhões, será empregado no desenvolvimento da companhia, a ser divido desta forma:
- 29% para expandir o mercado endereçável
- 26% para investir em marketing
- 24% em investimentos em tecnologia
- 13% para aumentar o número de marcas próprias
- 8% na melhora dos serviços de logística
A Westwing é uma subsidiária de uma multinacional alemã de mesmo nome fundada em 2011. No mesmo ano, a empresa chegou ao Brasil. Em 2018, executivos nacionais assumiram o controle da empresa com ajuda do fundo de private equity Axxon Group.
A loja de decoração online afirma ter mais de 8,8 milhões de usuários cadastrados e ter tido, no terceiro trimestre de 2020, 728 mil visitantes únicos por mês.
Nos nove primeiros meses do ano ado, a Westwing teve um volume de vendas (GMV) de R$ 270,3 milhões, crescendo 95% na base anual. A receita líquida avançou 80,2%, chegando a R$ 167,9 milhões. O lucro foi de R$ 17 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1 milhão constatado no mesmo período de 2019.
