Varejo e Consumo: 8 ações para aproveitar bom momento, segundo o BTG
O BTG Pactual divulgou relatório em que aponta um momento de otimismo para investimentos no setor de Varejo e Consumo. Dentro desse cenário, os analistas apostam suas fichas na Smartfit (SMFT3), Mercado Livre (MELI34), C&A (CEAB3), Lojas Renner (LREN3), Azzas (AZZA3), Grupo Mateus (GMAT3), Assaí (ASAI3) e Raia Drogasil (RADL3).
No relatório, o BTG aponta a consolidação de um cenário favorável para o varejo, como o “crescente consenso em torno do fim do ciclo de aperto monetário no Brasil” e a própria governança das empresas do setor. O documento aponta uma expectativa com a queda contínua nas taxas de juros, bem como revisões positivas nos lucros daqui pra frente.
“Embora os guidances das empresas no final de 2024 e no início de 2025 tenham sido cautelosas, os resultados do primeiro trimestre trouxeram uma surpresa positiva, especialmente em termos de lucratividade”, afirmam os analistas.
Escolhidos do varejo
Os analisas fizeram análises sobre algumas empresas do segmento que se destacaram e que deverão apresentar desempenho positivo nos próximos trimestres. Um bom exemplo é a Smartfit (SMFT3), que apresentou expansão da receita líquida superior a 30% no primeiro trimestre. “Continua sendo uma história única de crescimento de longo prazo na América Latina, e reiteramos nossa recomendação de Compra”.
Sobre as Lojas Renner (LREN3), o BTG lembra que os números do primeiro trimestre deste ano foram acima do esperado, com equilíbrio na estratégia de preços, maior proteção contra a volatilidade cambia e ganhos de eficiência. “Apesar de apresentar fundamentos menos atraentes do que os níveis históricos, a Renner ainda oferece uma combinação decente, com lucro líquido projetado para crescer 16% ao ano de 2024 a 2029”.
O BTG também deu destaque para a Azzas (AZZA3), que tem apostado na eficiência e disciplina na gestão. “O impulso das vendas continua forte, especialmente para a marca Farm, apoiado pelas vendas sem descontos no início da temporada e preços disciplinados. A Hering também deve contribuir com um sólido crescimento próximo de 15%”, apontam os analistas. “Revisamos/ajustamos nossas projeções de EBITDA e lucro líquido para os próximos quatro anos em 2% e 3%, atingindo um preço-alvo de R$ 51 para 2025 (contra R$ 49 anteriormente).”
O Mercado Livre (MELI34) também foi citado entre as recomendações do BTG. Os analistas apontam uma “lucratividade saudável” que deve persistir nos próximos anos. “Ajustamos nossas estimativas (…) levando a um novo preço-alvo para 2025 de R$ 130 (contra R$ 125 anteriormente). Em média, nossa estimativa de GMV é 4% maior, o EBIT é 3% superior às nossas estimativas anteriores e o lucro líquido melhorou 2%”.
O BTG aproveitou a ocasião para atualizar suas estimativas para a C&A (CEAB3), com o preço-alvo ando de R$ 17 para R$ 22 e reforçando a recomendação de Compra. “Aumentamos nossas estimativas de EBIT e lucro líquido para os próximos três anos em 5% e 17%, respectivamente, impulsionado principalmente por operações mais lucrativas e alavancagem operacional”.
Os analistas ainda apontaram perspectivas positivas para duas empresas importantes do varejo, o Grupo Mateus (GMAT3) e Assaí (ASAI3), também motivados pelos números recentes em relação ao primeiro trimestre deste ano. Para a Assaí, houve revisão nas estimativas de EBITDA e lucro líquido em 1% e 2%, respectivamente, para os próximos três anos, com o preço-alvo ando de R$ 9 para R$ 14/ação para o final de 2025 (vs. R$ 9 anteriormente).
No caso do Grupo Mateus as estimativas atualizadas de EBITDA e lucro líquido chegam a 2%, com o preço-alvo também subindo (de R$ 9 para R$ 10/ação). “O Grupo Mateus continua se destacando como uma tese de crescimento no setor. “Embora mantenhamos nossa recomendação de Compra para ambas as empresas, reiteramos nossa preferência pelo GMAT —negociado a 9x P/L para 2026, contra 12x para o Assaí após sua recente alta”.
Por fim, a Raia Drogasil (RADL3) foi elencada por apresentar resiliência no crescimento da receita líquida e boa performance no mercado digital. Os analistas ajustaram as estimativas de EBITDA e lucro líquido para os próximos quatro anos em-3% e-9%, com o preço-alvo ando de R$ 26 para R$ 25. “Continuamos a ver a Raia como uma empresa e como uma tese de carrego”, apontou o relatório de Varejo e Consumo do banco de investimentos.
