Uber promete frota 100 % elétrica em dois continentes até 2030
A companhia de transporte por aplicativo Uber (Nyse: UBER) se comprometeu nesta terça-feira (8) a tornar a sua frota na América do Norte e na Europa completamente elétrica até 2030.

A promessa ocorre após um novo relatório revelar que as operações da Uber são mais prejudiciais ao meio ambiente do que a utilização de transporte privado. A empresa comunicou que estava “começando a competir” com veículos pessoais em termos de eficiência de carbono
A companhia, entretanto, destacou que as taxas de emissão de suas corridas ainda eram 41% superiores em comparação com um veículo de ocupação média em vista do tempo despendido sem ageiros no carro, como no intervalo gasto para buscar um cliente.
Nesse sentido, a Uber informou que espera atingir o patamar de 50% das viagens realizadas com veículos elétricos, até 2025, nas cidades de:
- Amsterdã;
- Berlim;
- Bruxelas;
- Lisboa;
- Madri;
- Paris.
Para Londres, a meta é ainda mais ambiciosa: alcançar 100% das viagens movidas a eletricidade até o mesmo ano, de 2025.
O movimento acontece após a divulgação do primeiro relatório de impacto ambiental produzido pela Uber, baseado em dados coletados de cada uma das corridas nos Estados Unidos e no Canadá entre 2017 e 2019, abrangendo cerca de 4 bilhões de viagens.
Conforme o documento, as emissões por “ageiro por milha”, registram em geral um queda, ao o que, na taxa média de ocupação de veículos nos EUA, as emissões ainda superam as dos meios de transporte particulares. “É um começo, e nós esperamos ser julgados por nossas ações”, afirmou o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, no relatório.
“O sucesso definitivo de nosso negócios dependerá de nossa habilidade de realizar a transição de nossa plataforma para energia limpa em parceria com motoristas, inovadores da indústria e governos”, acresceu o executivo.
Pressões para Uber ‘eletrificar’ frota aumentam
As pressões para a companhia elevar o percentual de corridas movidas a eletricidade vêm aumentando devido ao crescimento dos congestionamentos e a tendência das pessoas optarem por viagens compartilhadas em detrimento do transporte público.
Apesar disso, as metas significam que os parceiros serão forçados a comprar veículos elétricos para continuar operando pela plataforma. A empresa, nesse sentido, comunicou que iria desembolsar quase US$ 800 milhões (ou R$ 4,29 bilhões) em recursos para e, como a garantia de descontos junto a grandes montadoras.
A Uber ainda informou que seria capaz de se tornar uma “plataforma totalmente livre de emissões”, em escala global, até o ano de 2040, com todas as corridas pelo aplicativo realizadas a partir de veículos elétricos, mobilidade compartilhada ou transporte público.