Trump conta 90 dias para que ByteDance venda TikTok nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última sexta-feira (14) um decreto executivo que obriga a controladora do TikTok ByteDance se desfaça das operações da rede social chinesa nos Estados Unidos em 90 dias.
O mandatário norte-americano vem acusando, sem provas concretas, a plataforma chinesa de vídeos curtos TikTok de desviar dados de usuários estadunidenses para o governo de Pequim. “Há provas confiáveis que me levam a acreditar que a ByteDance poderia adotar medidas que ameacem prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos”, escreveu Trump, no decreto presidencial.
“Como já afirmamos, 100 milhões de americanos adoram o TikTok porque é um local de entretenimento, autoexpressão e conexão social”, declarou um porta-voz da ByteDance. “Estamos decididos a continuar levando alegria às famílias e carreiras significativas aos que criam em nossa plataforma durante muitos anos”.
A decisão do presidente de seguiu a uma recomendação da Comissão de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS na sigla em inglês), do governo que analisa as aquisições estrangeiras de companhias norte-americanas.
Microsoft em negociações para adquirir TikTok nos EUA
Conforme decreto, o comprador deverá ser estadunidense e “demonstrar vontade e capacidade para cumprir com este decreto”. Nesse sentido, a Microsoft deu um o a frente nas negociações e mantém conversas com a ByteDance para comprar o TikTok nos Estados Unidos, e talvez no restante do mundo.
A transação foi avaliada pela imprensa norte-americano em uma faixa de US$ 10 bilhões a US$ 30 bilhões (ou entre de R$ 54,2 bilhões e R$ 162,6 bilhões).
Trump ainda comunicou que algumas ocasiões que, caso uma aquisição vá para frente, “um percentual muito grande do preço deve ir ao Tesouro dos Estados Unidos“. Segundo o presidente, uma operação nesse sentido somente teria ocorrido graças às autoridades estadunidenses.
Além disso, o decreto estabelece que a ByteDance terá de confirmar que destruiu todos os dados “de usuários americanos, obtidos ou derivados do TikTok e Musical.ly”, aplicativo norte-americano obtido pela controladora chinesa e foi fundido com a rede social.
