SNEL11 apresenta guidance otimista de curto prazo e projeta dividend yield robusto
O SNEL11, fundo de energias limpas da Suno Asset, apresentou ao mercado um guidance que pode redesenhar expectativas sobre a atratividade de veículos atrelados à infraestrutura de geração distribuída. Essa demonstração consolida a força do ativo num cenário em que os fundos imobiliários enfrentam desafios para conciliar crescimento com previsibilidade.
A gestão projetou uma distribuição de rendimentos entre R$ 0,10 e R$ 0,11 por cota para os próximos meses. A faixa implica um dividend yield mensal de 1,28% sobre a cotação de mercado de R$ 8,60, ou 15,36% ao ano — rentabilidade que chama a atenção mesmo em um ambiente de juros ainda elevados no Brasil.
Guilherme Barbieri, head do SNEL11, explica que o guidance atual está ancorado em fatores já consolidados, como a performance dos ativos em operação, mas há potenciais gatilhos de alta nas próximas distribuições. Entre esses gatilhos estão o ramp-up de usinas recém-conectadas, os reajustes tarifários esperados ao longo do segundo semestre e a energização de ativos que ainda aguardam liberação das distribuidoras.
“Embora não seja possível garantir resultados futuros, esses fatores representam potenciais fontes de incremento ou decréscimo na geração de receita operacional do fundo”, diz o relatório divulgado na semana ada. Além disso, Barbieri reitera que as receitas do SNEL11 são corrigidas pela inflação energética, o que acrescenta uma camada de proteção ao investidor.
SNEL11: expansão com disciplina para atrair investidores
O mês de março marcou a primeira alocação dos recursos da terceira emissão de cotas do SNEL11, encerrada no primeiro trimestre com a captação de R$ 166 milhões. Desse total, cerca de R$ 70 milhões vieram de vendedores dos ativos que toparam trocar participações diretas nas plantas por cotas do fundo.
A Suno Asset deve seguir adotando essa estratégia para as próximas expansões. O objetivo é superar a marca de 100 MWp ainda neste ano e dobrar a capacidade instalada até o final de 2026.
Em meio a um cenário de volatilidade dos fundos de tijolo e à incerteza do cenário macroeconômico brasileiro, o guidance do SNEL11 oferece algo raro: previsibilidade de fluxo de caixa com retorno atrativo. Para Barbieri, essa combinação é estratégica.
“Nosso foco está em construir um portfólio resiliente, com contratos de longo prazo e forte componente de proteção inflacionária. A previsibilidade é nossa principal entrega ao cotista”, reforça o gestor.
O mercado vem seguindo de perto o desempenho do portfólio e a capacidade da Suno Asset de entregar uma tese que combina retorno financeiro com impacto ambiental positivo.
Com o guidance atual, o SNEL11 reforça sua posição como um dos fundos de geração distribuída com melhor relação risco-retorno do mercado e se consolida como opção relevante para investidores que buscam ativos com rendimento elevado e estabilidade operacional.
