Sabesp (SBSP3) sobe mais 12% com fala de Rodrigo Maia sobre privatização
As ações da Sabesp (SBSP3) dispararam nas operações do Ibovespa nesta sexta-feira (20) depois que Rodrigo Maia, novo secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo, falou sobre organizar a privatização da companhia.
Em discurso durante sua posse no Palácio dos Bandeirantes, Maia disse que pretende deixar organizada, até o final de sua gestão, a concessão ou privatização da Sabesp. O novo secretário afirmou que conversou com o vice-governador, Rodrigo Garcia, e alinhou que esta será uma marca importante de sua gestão.
Após a declaração de Maia, as ações SBSP3 dispararam no Ibovespa, alcançando +12,35% às 11:50, valendo R$ 37,15.
No pico, os papéis da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo alcançaram uma máxima de 14,50%, valendo R$ 37,75. Com isso, a Sabesp alcança a posição de maior alta do pregão de hoje.
Para Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, a fala de Maia não permite reunir argumentos para auferir que a privatização ou capitalização da companhia caminhará desta vez, dado a proximidade com o próximo período eleitoral.
“Classificamos o ímpeto demonstrado hoje como positivo e lembramos que, independente da privatização, a Sabesp segue negociando com excessivo desconto. A empresa enfrenta um um cenário regulatório mais benigno que seus pares de mercado e apresenta desde já um cenário mais resoluto perante ao alcance das metas de universalização propostas pelo novo marco do saneamento”, diz Arbetman.
Já o Ibovespa virou para alta, depois de abrir em queda. Às 12:15, o índice subia 0,31%, aos 117.531 pontos.
Balanço da Sabesp no segundo trimestre
A Sabesp (SBSP3) registrou lucro de R$ 773,1 milhões no balanço do segundo trimestre de 2021. O número equivale ao dobro do que a companhia reportou no mesmo intervalo no ano ado, precisamente 104,4% de aumento.
A receita líquida da companhia teve um crescimento bem mais modesto que o lucro: 3,7%, para R$ 4,6 bilhões entre abril, maio e junho.
A Sabesp diz que foi beneficiada pelo impacto cambial positivo em sua dívida, dada a valorização do real no período frente ao dólar e ao iene. O resultado se deve a ganhos de R$ 442,3 milhões com as variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos.
