Mercado de refino brasileiro pode ter menor participação da Petrobras
O presidente-executivo da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, declarou que tem a intenção de reduzir para 50% a participação da empresa mista no mercado de refino brasileiro. Atualmente, a petroleira possui quase a totalidade do mercado.

Roberto Castello Branco acrescentou que a venda de 100% da participação da Petrobras, em algumas refinarias, pode ocorrer. As afirmações foram feitas na quinta-feira (15) ao “GloboNews”.
Na gestão do ex-presidente-executivo, Ivan Monteiro, a estratégia era vender 60% da participação da petroleira em quatro refinarias. Dessas quatro refinarias, duas estariam localizadas no Nordeste, e duas no Sul.
Assim, a companhia continuaria com 40% de participação nesses ativos. Nessa linha, a estatal manteria 60% da capacidade de refino do País.
Roberto Castello Branco criticou o alto percentual de refino da estatal em uma entrevista divulgada internamente, ao qual a agência “Reuters” teve o, em 8 de janeiro.
Para o presidente-executivo, “não é concebível que uma única companhia [Petrobras] tenha 98% da capacidade de refino, seja ela qual for, em um país. E nós estamos sendo alvo de ações do CADE [Conselho istrativo de Defesa Econômica]”, disse.
“O relevante é ser forte e não ser gigante”, acrescentou. Além disso, completou que os monopólios são “inissíveis” em sociedades livres.
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Juros diferenciados
A Petrobras não buscará mais empréstimos com “juros diferenciados” em bancos públicos. A informação foi dita pelo presidente-executivo da Petrobras, Roberto Castello Branco, em 18 de janeiro.
A declaração ocorreu após divulgação de uma lista dos 50 maiores tomadores de recursos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A lista foi desenvolvida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com dados desde 2004.
No topo da lista, a petroleira lidera com a tomada de R$ 62,4 bilhões.
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“Este ciclo em que a Petrobras se valia de empréstimos de bancos públicos, com juros diferenciados, com o objetivo de financiar seus projetos, acabou”, disse Castello Branco.
“Entendemos que grandes empresas que dispõem de fácil o aos mercados financeiros não precisam ser subsidiadas com recursos públicos. Estes deveriam ser investidos em programas em prol da sociedade”, completou o chefe da Petrobras.