‘Raízen (RAIZ4) está barata e ações vão mais do que dobrar’, diz BTG
Em nova análise sobre as ações da Raízen (RAIZ4), os analistas do BTG Pactual reiteraram o otimismo com a companhia e destacaram que o patamar de preço atual dos papéis preferenciais fica bem abaixo do que a casa considera justo.
O preço-alvo para as ações da Raízen em 2023 é de R$ 8, ao o que os papéis são negociados pouco acima dos R$ 3 na bolsa.
“Ao todo, estamos projetando uma receita de R$ 56 bilhões da companhia no 4T22, ex-EBITDA ajustado de R$ 3,1 bilhões e lucro de R$ 306 milhões”, dizem os analistas do BTG.
Segundo a casa, “alguns trimestres são menos significativos do que outros”, e a sazonalidade deste, em específico, mostra menor importância para companhia de açúcar e etanol de um modo geral, dada a dinâmica de venda dos estoques.
Para RAIZ4, contudo, será um resultado para prestar atenção.
“Para a Raízen, isso não é verdade apenas desta vez, pois os resultados tendem a refletir um custo mais difícil e uma realidade de preços que pensamos que a companhia irá experimentar no futuro. No negócio de distribuição de combustível, as margens possivelmente também foram impactadas por perdas de estoque em Brasil e também custos pontuais associados à expansão e modernização da capacidade da refinaria na Argentina”, destacam os especialistas.
A projeção é de que a Raízen encerre a safra de cana 2022/23 com 73,5 milhões de toneladas, uma queda de 3,2% na base anual, “refletindo principalmente uma maior área de plantio de cana, o que reduz a área disponível para colheita”.
Ações da Raízen ‘cortaram no meio’
No acumulado de 2023 até então, os papéis somam 13,5% de desvalorização no Ibovespa. Em uma janela mais longa, a companhia perdeu mais da metade do seu preço, com queda de 52% em 12 meses.
Vale lembrar que a Raízen estreou na bolsa em meados de agosto de 2021, a um preço na casa dos R$ 7.
A empresa, que é uma t venture entre a Shell (RDSA34) e a Cosan (CSAN3), tem valor de mercado de R$ 31,5 bilhões.
Além disso, o dividend yield (DY) da Raízen beira os 5%, com R$ 0,148 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.
