Petrobras (PETR4) não será privatizada neste mandato, diz Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a privatização da Petrobras (PETR4) “pelo menos neste mandato”. Em evento na terça-feira (07), o ministro afirmou que a estatal não está na lista de empresas que devem ser vendidas no próximo ano.
“Todos sabem que eu sou a favor de privatizar todas essas companhias, mas o presidente disse: ‘Ok, você pode vender Correios, Eletrobras (ELET3), subsidiárias que não são o negócio central’, mas a Petrobras não está na lista de privatizações, ao menos neste primeiro mandato”, afirmou Guedes em evento promovido pela Eurasia.
A venda da estatal nunca chegou a ser anunciada oficialmente, mas nos últimos meses o presidente Jair Bolsonaro citou essa possibilidade como resposta ao aumento do preço dos combustíveis.
Para Guedes, a privatização da Petrobras pode ser um meio de reduzir a pobreza. O ministro sinalizou a possibilidade de dividir os recursos arrecadados na venda com as famílias mais carentes. A ideia seria destinar cerca de 20% do valor à iniciativa social e os 80% restantes seriam aplicados para reduzir a dívida pública da União.
“Quando se fala hoje em privatização, os políticos dizem: ‘O que eu ganho isso, o que eu ganho politicamente"
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A agenda do governo de reeleição será realizar o que não andou no mandato em curso, como a capitalização da Previdência e o lançamento da carteira Verde e Amarela, junto com a manutenção de programas sociais. “O programa para o novo mandato é claro: terminar o trabalho”, afirmou Guedes.
Isso inclui, portanto, a privatização da Petrobras. Em outubro, o presidente Bolsonaro já tinha manifestado publicamente sua insatisfação em ser responsabilizado pelo aumento dos preços dos combustíveis e a vontade de privatizar a estatal para amenizar essa cobrança.
“Já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe da economia o que a gente pode fazer”, disse Bolsonaro. O tema agora será debatido em campanha, segundo o ministro.
