Petrobras (PETR4): Proposta de 50% de dividendos é ‘a única na mesa’, diz Prates
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, declarou que a proposta pelo pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da estatal, que foram retidos em março, é atualmente ‘a única na mesa’. O executivo participou do Seminário Brasil Hoje, da Esfera, que ocorre nesta segunda (22) em São Paulo.
“O Conselho de istração geralmente delibera sobre isso. Só que dessa vez o balanço foi fechado e a decisão foi adiada, e agora faremos uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) após a Assembleia Geral Ordinária (AGO), e aí referendaremos a distribuição de 50%, que é a proposta que está na mesa, a única que está com licitudes e os pareceres, e cuja decisão foi adiada lá atrás”, disse o presidente da Petrobras.
A estatal irá deliberar sobre os dividendos extraordinários na próxima sexta (26), para quando estão marcadas as assembleias. O valor retido em dividendos da Petrobras representa R$ 43,9 bilhões – desta forma, a distribuição de 50% representaria cerca de R$ 22 bilhões em proventos.
O presidente da companhia observou que uma nova proposta, por uma distribuição de uma porcentagem distinta, exigiria mais esforços.
“O balanço teve que ser fechado no dia 8 de março e se tomássemos outra decisão, precisaríamos reabrir o balanço, fazer auditoria e tudo mais, e por um mês não vale a pena. A AGE pode fazer esse complemento e a metade dos dividendos a a ser destinada à conta e a outra será distribuída”, completou o executivo durante coletiva de imprensa.
Jean Paul Prates ainda destacou que o mecanismo de usar um fundo para reter dividendos é ‘comum’ e que a estatal só o criou agora.
“Esse mecanismo da conta de equalização de remuneração de capital, apelidado de ‘conta dividendos’, a destinação do dinheiro que vai para essa conta é para distribuir dividendos. Tem gente que pergunta o porquê de adiar, mas toda empresa S.A. de grande porte tem esse mecanismo e nós não tínhamos e criamos ano ado”, defendeu o executivo.
Segundo Prates, o fundo é para, caso a estatal vislumbre um período futuro no qual o dividendo possa ser menor, a companhia utilize o fundo para incrementá-lo.
“Isso é importante porque você pode ter uma expectativa de dividendos menores no futuro, fazendo com que a ação caia, e aí entramos com o fundo de reserva”, declarou o executivo.
“O acionista fica mais confortável sabendo que tem um ‘dinheirinho’ lá que ele sabe que é dele que pode vir a ser distribuído para completar e manter mais ou menos a estabilidade de dividendos no período de um ano ou até de um período maior”, concluiu.
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