Oi (OIBR3): o que muda para o investidor com o grupamento de ações?
Em assembleia geral extraordinária ontem (1º), os acionistas da Oi (OIBR3) aprovaram o grupamento das ações ordinárias e preferenciais na proporção de 10 para 1. Segundo a companhia, a decisão acompanha a adequação das cotações em valor igual ou superior a R$1, conforme exige a B3.
Desta forma, cada lote de 10 ações de cada espécie será agrupado em uma única ação da mesma espécie. Anteriormente, uma alternativa previa o grupamento na proporção de 50 para 1, mas a proposta não foi levada adiante pelo conselho.
Em comunicado, a Oi também informou que as ações na forma de American Depositary Shares (ADSs) não serão objeto do grupamento. Assim, as paridades dos ADSs com as ações locais sofrerão um ajuste, visando a manutenção do total de ADSs.
Acionistas da Oi poderão ajustar suas posições de ações
Entre hoje e o dia 6 de janeiro de 2023 os acionistas poderão ajustar suas posições de ações — por espécie, em lotes múltiplos de 10 ações. Além disso, a partir do primeiro pregão subsequente a esse período, em 9 de janeiro, as ações serão negociadas exclusivamente no agrupamento de proporção de 10 para 1.
Com a decisão anunciada, o capital social da Oi ará a ser representado por 660.303.745 ações. Desse total, serão 644.531.021 ordinárias e 15.772.724 preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal de emissão.
Apesar das novidades V.tal, BTG segue neutro sobre Oi
Após a notícia de que a V.tal Recebeu uma injeção de capital de R$ 2,5 bilhões da P Investments (maior fundo de pensão do Canadá), os analistas do BTG Pactual não acreditam que o esse movimento tenha um impacto significativo na base de s da Oi.
Assim, a recomendação para as ações da Oi seguiu neutra, com preço-alvo de R$ 0,30. Apesar disso, o BTG destaca que a participação da Oi na V.tal é extremamente importante para a empresa, pois pode ser utilizada para renegociar suas dívidas.
“A Oi pode vender sua participação em um potencial IPO ou usá-la como garantia para estender suas dívidas. Embora a diluição tenha ocorrido em um valuation superior ao pago pelo BTG, o número ainda é inferior ao que estimamos em nosso modelo, fazendo com que o valor da participação da Oi diminuísse em relação às nossas estimativas anteriores”, dizem os especialistas.
