Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31) podem ganhar com ‘fluxo bilionário’ após mudança de regra; entenda
A MSCI fez o anúncio de que, a partir de agosto deste ano, companhias brasileiras listadas no exterior – como Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31) – poderão integrar seu índice MSCI Brazil.
Essas companhias, como Nubank, XP, Inter (INBR32), Stone (STOC31) e outras, podem receber um fluxo bilionário de investimentos por conta da mudança.
Isso considerando que há uma série de investidores em ETFs do MSCI Brazil. Além disso, fundos e outros investidores institucionais só realizam aportes em companhias brasileiras que estão contempladas no índice.
Segundo estimativas do Morgan Stanley, essa mudança trará um fluxo de investimentos de US$ 4,7 bilhões para o Nubank, o Inter, a Stone e o PagSeguro.
Para a casa, essas quatro são as que possuem mais chances de serem inclusas no índice logo após a mudança de regras.
Além disso, os analistas ainda acrescentam que o impacto é muito relevante para as companhias na medida em que todas terão o ao mercado de capitais e ainda ganharão o fluxo ivo do índice via ETFs e institucionais.
Especialistas do BBA destacaram que acreditam que Nubank e XP “não terão problemas em aderir ao índice”, ao o que os resultados de Stone devem ser acompanhados de perto para ver se sua capitalização de mercado no último dez dias úteis de julho cumprirão o limite.
“Para o AUM ivo seguindo a América Latina, isso poderia criar uma pressão de compra significativa para esses três nomes. No final de janeiro realizamos uma análise de fluxo que resultou na nossa estimativa de US$ 2,8 bilhões de dólares de entradas (ativas e ivas) para Nubank, representando 13 dias de pressão compradora; US$ 1 bilhão de entrada para XP, com 8 dias de pressão; e potencialmente US$ 324 milhões em entradas para a Stone, com 4 dias de pressão”, diz o BBA.
Nubank terá lucro recorde no quarto trimestre, projeta UBS-BB
Em seu mais novo relatório sobre o setor bancário no Brasil, o UBS-BB fez projeções otimistas sobre o balanço do quarto trimestre do Nubank.
Os analistas afirmam que esperam ganhos recordes no balanço do Nubank, em linha com a sazonalidade positiva para a empresa entre os meses de outubro e dezembro.
“A sazonalidade do 4T normalmente é forte para a qualidade dos ativos e o volume de cartões de crédito. Esse efeito, aliado à forte dinâmica de faturamento do Nubank, pode levar a resultados muito fortes no período. Estimamos ganhos ligeiramente superiores a US$ 400 milhões para a fintech no 4T23, com uma base total de 93 milhões de clientes e uma carteira de empréstimos de US$ 19,2 bilhões”, diz o relatório.
Entre os principais catalisadores para o resultado do Nubank no quarto trimestre, a casa cita:
- Base de clientes apresentando ritmo sólido de expansão, com adição líquida de 4,4 milhões no trimestre, em linha com os períodos anteriores;
- Crescimento sólido dos empréstimos, com financiamento PIX e crédito consignado ganhando força
- Qualidade dos ativos apresentando alguma melhora, com o impacto do 13° salário e o maior volume de compras com o cartão de crédito gerando uma pequena redução no índice de inadimplência do Nubank