Nubank anuncia aquisição da corretora Easynvest
O Nubank fechou a aquisição da corretora Easynvest. O acordo foi assinado na noite da última quinta-feira (10) e dá início à entrada da maior fintech do Brasil no mercado de investimentos. Os valores da transação não foram divulgados.
O negócio será concluído através do pagamento em dinheiro, e, sobretudo, trocas de ações. Os investidores da corretora irão receber papéis do Nubank. A Advent, norte-americana de private equity que detém uma participação majoritária na Easynvest, com 60% de todo o capital, dará início aos recebimentos.
Com o objetivo de alinhar interesses e estimular a sinergia na operação, profissionais de gerência das companhias também ganharão ações. Segundo David Vélez, fundador e CEO da fintech, em entrevista à revista “Exame”, “estudamos o setor de investimentos com muito cuidado já há algum tempo e entendemos que ele é estratégico por várias razões”. A Easynvest possui 1,5 milhão de clientes, com mais de R$ 20 bilhões sob custódia.
Para Fernando Miranda, CEO da corretora, “esse acordo é um reconhecimento da trajetória de sucesso da Easynvest em democratizar o o a investimentos. Com o Nubank, a empresa se torna mais competitiva, alcança um novo patamar de crescimento e amplia a oferta de serviços para ainda mais pessoas no Brasil e América Latina”.
A Easynvest estava em trajetória de crescimento ainda antes da conclusão da operação. Neste ano, a corretora aproveitou a janela da taxa de juros básica da economia (Selic) para acelerar sua expansão, contratando o banco estadunidense J.P. Morgan para buscar um sócio com o intuito de estimular essa meta.
A compra da corretora, por sua vez, fará com que o Nubank amplie as receitas com a oferta de produtos, como fundos de investimento (aproximadamente 450), além de intensificar a recorrência de uso dos serviços financeiros. Atualmente, a conta digital do Nubank possui 26 milhões de usuários.
Nubank aguarda aprovação dos órgãos reguladores
Embora o negócio esteja fechado, o Nubank permanece no aguardo das aprovações regulatórias, do Banco Central (BC) e do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade). Até que a operação seja de fato finalizada, as operações das empresas continuarão de forma independente.
“Não vemos necessidade de fazer uma integração acelerada”, disse Vélez. “O cliente não precisa de o a tantos produtos e à plataforma completa que a Easy tem. Provavelmente, vamos aumentar a oferta aos poucos”, afirmou o CEO na entrevista.
O Nubank disse que um importante aspecto da aquisição é a educação financeira, que já é praticada pela fintech em seu site, mas que será impulsionada com a parceria da corretora. O intuito é repetir no segmento de investimentos o mesmo plano de “democratizar o o” a serviços financeiros através de menores custos.
