Justiça homologa plano de recuperação judicial da Saraiva
O plano de recuperação judicial da Saraiva foi homologado pela 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo. A informação foi divulgada na última sexta-feira (27) por meio de um fato relevante.
De acordo com a Saraiva, o pedido foi aprovado no dia 4 de setembro. O valor total da dívida da empresa é de R$ 684 milhões.
As ações da empresa, sob os tickets SLED3 e SLED4, estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo.
No pregão da última sexta-feira, os papéis preferenciais (SLED4) encerraram em queda de 1,26%, sendo negociados a R$ 1,57. As ações ordinárias (SLED3) caíram 1,95%, cotadas em R$ 3,02.
Recuperação judicial aprovada por credores
A assembleia dos credores da empresa já havia aprovado, no dia 29 de agosto, o plano de recuperação judicial. Foram 381 votos favoráveis e 57 contrários.
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Com a aprovação, a proposta de pagar 5% da dívida total da rede de livrarias ao longo de 15 anos foi aceita. Os 95% restantes serão pagos por meio da emissão de debêntures, que ocorrerá 16 anos após a homologação do acordo.
Após os credores aprovarem a medida, os papéis da empresa operaram em alta na B3. As ações preferenciais subiram até 18,89%, chegando a R$ 7,30. Já os papéis ordinários operaram em alta de 6,48%. Assim, eram negociados a R$ 2,30, por volta das 14h40 do dia 30 de agosto.
Resultados negativos da Saraiva
O último relatório de atividades divulgado pela rede de livrarias indica que, em julho deste ano, a empresa registrou prejuízo de R$ 17,5 milhões. O montante é 7,1% superior ao registrado no mesmo período do ano ado.
As vendas líquidas da companhia também caíram 46,5% na comparação anual, contabilizando R$ 53,8 milhões.
A despesa operacional da empresa caiu 31,9% ante o mesmo período do ano ado, atingindo o valor de R$ 35,3 milhões. A despesa financeira líquida em 2019 foi de R$ 3,0 milhões, quase a metade dos R$ 5,9 milhões gastos no ano ado.
Segundo a Saraiva, a receita diminuiu por conta da redução do número de lojas. Somente até julho deste ano, 30 unidades foram fechadas.
