Com juros mais baixos, HSBC recomenda emergentes
Joseph Little, estrategista-chefe global do HSBC Global Asset Management destacou nessa terça-feira (25) que “estamos em um ambiente no qual os juros permanecerão baixos por muito tempo”, “eu diria ‘mais baixos pra sempre'”.

Nesse sentido, o estrategista do HSBC aponta que os títulos dos governos do Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Japão tendem anotar um retorno negativo ao longo dos próximos 10 anos, levando em conta a inflação. Frente a isso, Little indica que os investidores devem se deslocar para as ações e dívidas de mercados emergentes para construir a renda que usarão na aposentadoria.
“Precisamos de um grande balanceamento das nossas carteiras”, pondera o executivo. “Títulos públicos, que tradicionalmente víamos como classe de ativos que oferece segurança, na verdade se tornaram bastante arriscados. Para os investidores, isso significa que precisam ser mais corajosos e se movimentar dentro do espectro de risco para atingir suas metas para a aposentadoria“, completa.
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Por outro lado, é importante destacar que em relação ao retorno este ano, a dívida do governo estadunidense foi três vezes maior do que as obrigações dos países em desenvolvimento.
Além disso, o volume de dívidas com produto negativo ao redor do mundo cresceu em aproximadamente US$ 8 trilhões desde março desse ano.
Little também salientou que “essa combinação de forças macroeconômicas deve proporcionar bastante e aos mercados emergentes”. Vale destacar que os ativos de mercados emergentes se beneficiam com juros menores, depreciação da moeda norte-americana, preços altos para as commodities e crescimento dos mercados globais de ações.
HSBC recomenda cautela
Em contrapartida, o executivo sinalizou algumas ressalvas, comentando sobre os calotes na Argentina e no Líbano, bem como a atual volatilidade na Turquia. Nesse sentido, o HSBC recomenda cautela.
“Ainda é importante pensar sobre a alocação nos mercados emergentes neste momento e implementar a alocação de maneira mais granular”, afirmou ele.
Sobre os mercados de ações em Taiwan, China e Coreia do Sul, Little disse que são chamados de “fortalezas nos mercados emergentes, dado que continuam exibindo atributos muito bons e atraentes quando consideramos as características de risco macroeconômico”. “Gosto muito desses mercados”, completou o estrategista do HSBC.