IMC (MEAL3) amplia prejuízo mesmo com alta de 200% no delivery
A IMC (MEAL3) reportou um prejuízo de R$ 55,4 milhões no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 20,2% em relação ao mesmo trimestre do ano ado, impactada pela menor circulação de clientes em suas lojas, em meio à pandemia. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (12), e também demonstram uma queda de 9,3% nas vendas nas mesmas lojas, mesmo com um avanço expressivo da operação do delivery desde o pré-pandemia.
A IMC também mostra queda no EBITDA, com R$ 2,3 milhões ante R$ 10,3 milhões registrados no primeiro trimestre de 2021. A receita líquida registrou queda de 12%. O montante saiu de R$ 366,6 milhões em 2020 para R$ 321,9 milhões em 2021.
“As limitações de fluxo, inevitavelmente, impactaram o nosso volume de vendas e pressionaram nossas margens pela desalavancagem operacional aliada à inflação de alimentos”, diz o balanço.
Operação da IMC no Brasil
Considerando apenas as vendas no Brasil, a IMC registou uma queda de 17,5% das vendas nas mesmas lojas.
Dentre os segmentos, as operações do Frango Assado renderam R$ 119 milhões de receita líquida ante R$ 122,6 milhões no primeiro trimestre de 2020. O segmento de aeroportos gerou R$ 18,3 milhões em receita líquida, uma queda de 60,1% em comparação com os R$ 45,8 registrados um ano antes.
Já o resultado das operações do Pizza Hut, KFC e outros negócios teve queda, mas o segmento específico das duas redes de fast food cresceu em 20% no país. A receita gerada pelas duas redes no Brasil foi de R$ 42,6 milhões ante R$35,5 milhões um ano antes.
No global, não há discrição desse setor, já que essas redes ficam inclusas em “restaurantes e outros”, que gerou R$ 136,7 milhões de receita líquida, em face de R$ 64,3 milhões gerados em postos de combustível.
Esse impacto é visível em números como o número de restaurantes que operaram somente via delivery, que chegou a ser de 47%. A companhia ressaltou que 14% do total esteve fechado temporariamente, no período de restrições mais intensas.
Mesmo assim, a receita gerada pelo Frango Assado em postos de combustível ainda é maior do que as demais operações, somando uma receita líquida de R$ 64,3 milhões, crescimento de 5,4% em um ano inteiro.
Em termos de estruturais, a as lojas do Frango Assado se mantiveram no mesmo número (25), enquanto foram fechadas 12 das 30 lojas em aeroportos. KFC, PH e outros somaram seis novas lojas, saindo de 121 para 127.
IMC apresenta resultados mais otimistas nos EUA
Já nos Estados Unidos, a receita líquida não só deixou de cair, mesmo em meio à pandemia, mas teve uma alta de 1,7%, registrando um montante de US$ 16,6 milhões.
Assim como no Caribe, não há operação em postos de combustível em solo americano. Somente os restaurantes e redes de fast food sustentam a receita da IMC, que viu seu lucro sair de R$ 18,9 milhões para R$ 30,1 milhões.
O EBITDA saiu de R$ -6 milhões para R$ 9,7 milhões. “Nos EUA as vendas apresentaram uma melhora de 21,5% em reais mas leve queda de 1,9% em dólares americanos, reflexo da aceleração da vacinação da população ao longo deste período”, diz o balanço.
Caribe demonstra queda ainda maior
As operações da holding no Caribe tiveram vendas reduzidas em 28,7% em reais e com queda de 42,6% na moeda constante. A operação da IMC na região aponta:
- R$ 6,9 milhões de EBITDA / +16,9%
- R$29,3 milhões de receita líquida / -12,2%
- R$ 14,6 milhões de lucro / -12,8%
Ações da IMC operam em queda
A companhia enfrenta desvalorização dos papéis em 3,011%. No fim do pregão de quarta (12), as ações da IMC eram negociadas a R$ 3,54, com maior valor no acumulado de um mês sendo em abril, quando os papéis eram negociados a R$ 4,10 no dia 16.
