Ibovespa opera em forte queda, aos 99 mil pontos; Vale (VALE3) e Magazine Luiza (MGLU3) afundam
O Ibovespa opera em forte queda de 3,63% nesta sexta-feira (17), em meio a baixa quase generalizada das ações que compõem o índice e ao cenário externo de alta de juros nos Estados Unidos, visto que a bolsa brasileira ficou fechada para o feriado de Corpus Christi.
A bolsa de valores hoje na Europa e nos Estados Unidos não seguem uma tendência definida. O S&P 500 cai 0,08%, enquanto a Nasdaq tem uma valorização de 0,89%, por volta das 12h54.
A maioria das ações do índice Bovespa tem queda nesta sexta-feira, mas algumas se destacam com um melhor desempenho que as demais. Uma das empresas com uma performance melhor é a Eneva (ENEV3), com uma alta de 2,89%. Além disso, a Assai (ASAI3) tem um desempenho positivo de 0,97%. A CVC (CVCB3) sobe 0,58%.
Na lista de maiores quedas do dia se destaca a Petrobras (PETR4), com as ações ordinárias (ON) caindo 8,40%, enquanto as ações preferenciais (PN) têm queda de 8,12%. A Vale (VALE3) e a Magazine Luiza (MGLU3) também estão operando em forte baixa, com baixas de, respectivamente, 6,26% e 5,49%.
Notícias que movimentam o Ibovespa hoje
- Ibovespa perde os 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020
- Petrobras (PETR4) anuncia reajuste nos combustíveis
- Eneva (ENEV3) aprova nova oferta de 300 milhões de ações
Ibovespa perde os 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020
O valor do Ibovespa retornou a operar pontualmente abaixo do importante e dos 100 mil pontos nesta sexta-feira (17). Isso ocorre pela primeira vez desde novembro de 2020, ano que se iniciava a pandemia da covid-19. Na mínima do dia, o índice chegou a marcar 99.674,72 pontos, o que representa uma perda de 3,05%.
O primeiro fator a se considerar sobre a queda de hoje é o feriado de Corpus Christi, de modo que o mercado brasileiro ficou fechado na quinta-feira (16). Enquanto isso, as bolsas internacionais tiveram fortes quedas. Nesta sexta-feira, segue o temor do mercado sobre uma provável recessão nas principais economias do mundo, principalmente nos Estados Unidos, e a falta de perspectiva para uma melhora no médio prazo incentiva a aversão ao risco.
Petrobras (PETR4) anuncia reajuste nos combustíveis
Um dos assuntos que impactam o Ibovespa hoje é a Petrobras (PETR4), que anunciou nesta sexta-feira (17) um novo reajuste de preço nos combustíveis nas distribuidoras. Com isso, o valor da gasolina teve seu preço elevado após 100 dias com seu preço congelado, enquanto o diesel teve o seu primeiro reajuste em 36 dias.
Apesar disso, as ações da Petrobras estão em queda nesta sexta-feira, acompanhando o desempenho do Ibovespa. O reajuste ocorre em meio ao cenário de defasagem com o mercado internacional. Por conta disso, o conselho da estatal fez uma reunião ontem (16) para autorizar um novo aumento de preço dos combustíveis.
Após o reajuste, o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras vai ar de R$ 3,86, registrado desde 11 de março, para R$ 4,06 por litro. A empresa disse em comunicado que “considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor ará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro”.
Já o preço médio de venda do diesel da Petrobras para as distribuidoras vai ar de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Importante lembrar que o último ajuste aconteceu no dia 10 de maio. Segundo informações da Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom), a defasagem de preço atingiu 18% no diesel e 14% na gasolina diante dos valores internacionais.
Eneva (ENEV3) aprova nova oferta de 300 milhões de ações
Outro assunto que mexe com a cotação do Ibovespa é a Eneva (ENEV3), que aprovou uma nova oferta restrita de ações, considerando a emissão e distribuição pública primária de 300 milhões de ações da companhia. Assim, a empresa ou a fazer parte de uma lista das que estão levantando recursos através da oferta de ações no atual cenário. Considerando o fechamento da cota em R$ 14,18, a operação totaliza R$ 4,2 bilhões.
O intuito da transação é financiar a compra da Centrais Elétricas do Sergipe (Celsepar), assim como da Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros (Cebarra). Essas aquisições foram anunciadas ainda no mês ado, com um total de R$ 6,1 bilhões. Enquanto isso, a Eneva vai emitir até R$ 2 bilhões em debêntures.
A oferta da Eneva (ENEV3) é totalmente primária. Sendo assim, os recursos levantados na oferta irão para o caixa da empresa. Apenas os investidores profissionais têm autorização para aproveitar a nova emissão de cotas, ou seja, aqueles que possuem um volume de aplicações de no mínimo R$ 10 bilhões. Nesse caso, os coordenadores da operação são: BTG, Itaú BBA, Bank of America, JP Morgan, Bradesco BBI, Citi, UBS e Santander.
Maiores altas do Ibovespa
As ações com os melhores desempenhos do Ibovespa, por volta das 13h06, eram:
- ENEV3: +3,24%
- CVCB3: +1,27%
- ASAI3: +1,10%
- EQTL3: +0,21%
- TAEE11: +0,17%
Maiores baixas do Ibovespa
As maiores baixas do Ibovespa, por volta das 13h06, eram:
- PETR3: -8,71%
- PETR4: -8,46%
- CSNA3: -8,42%
- GOAU4: -7,96%
- RRRP3: -7,44%
Última cotação do Ibovespa
Nesta quarta-feira (15), o Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,73%, aos 102.807 pontos.
