Ibovespa cai 1,15% e volta aos níveis de janeiro; Azul (AZUL4) afunda 7%
BOLSA FRACA, DÓLAR FORTE | Ibov quase zera ganhos do ano | Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) DESPENCAM
O Ibovespa fechou em queda de 1,15%, aos 106.638,64 pontos, nesta segunda-feira (2), após oscilar entre 105.218,19 e 107.883,84. Já no fim do pregão, contudo, uma melhora dos índices em Nova York, que encerraram o dia positivos, levou a referência da Bolsa de volta aos 106 mil pontos.
O mês de maio começou com mau agouro nos mercados globais, arrastando o Ibovespa de volta aos patamares de janeiro e minguando a alta do índice no ano. O cenário de elevação de juros nos Estados Unidos e aqui, na quarta-feira, que já prometiam deixar o mercado cauteloso nesta semana, se somou a dados piores que o esperado da indústria nos Estados Unidos, na Europa e, principalmente, na China, consolidando o ambiente de aversão a risco.
Com receio de que a atividade global já cambaleante seja ainda mais prejudicada pelo ambiente de aperto monetário e pelos novos lockdowns na China, os investidores retiraram recursos de ativos de risco e enxugaram investimentos em emergentes como o Brasil.
“Hoje foi um resultado de um mix de coisas. Inflação altíssima no mundo, inclusive nos EUA, principal economia do mundo, e o ruído de que pode haver recessão com a retirada de estímulos à economia. Somado a isso tem a guerra, que gera impacto muito forte para a inflação mundial, principalmente energia. E para piorar, a China fechada por conta do covid. Foi a cereja do bolo”, aponta Lucas Mastromonico, operador de renda variável da B.Side Investimentos.
A derrocada desta segunda-feira, aliada à sucessão de baixas das últimas semanas, minguou os ganhos tidos neste ano pelo Ibovespa. Em 2022, o índice acumula alta magra de 1,73%.
Ante o cenário de desaceleração chinesa, os ativos ligados a commodities entraram com força no vermelho nesta segunda-feira, com uma perspectiva que não só a oferta global de manufaturados vai ser negativamente afetada, com uma nova rodada de disfunções na cadeia de suprimentos, mas também a demanda por commodities, o que impacta diretamente o Brasil.
“Os últimos PMIs (índice de gerentes de compras da indústria) sugerem que a atividade teve um início mais fraco no segundo trimestre, à medida que os lockdowns na China levaram a uma forte queda na atividade lá. E os componentes que olham para o futuro – incluindo novos pedidos e novos pedidos de exportação – sugerem que a atividade vá enfraquecer mais”, aponta a consultoria britânica Capital Economics em relatório.
Na próxima reunião de política monetária americana, na quarta-feira, o mercado espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) suba os juros em 0,50 pontos, mas acredita que a atual conjuntura levará o banco central americano a deixar a porta aberta para altas mais agressivas.
Para Martinez, o comportamento do índice brasileiro em maio será ditado por dois fatores, sobretudo: o quão agressivo o Fed se prop a ser e os sinais vindos da economia chinesa. “A maneira como a China está tratando a covid está prejudicando bastante a economia corrente. O que precisa ser definido é se essa piora é só restrita ao lockdown. Se num segundo momento, quando as medidas deixarem de ser implementadas, será que a economia volta com a mesma força de anteriormente"
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Ibovespa fecha em queda de 1,15%, aos 106.638,64 pontos; após oscilar entre 105.218,19 e 107.883,84
Volume financeiro foi de R$ 32,8 bilhões
Dólar à vista fecha em alta de 2,63%, a R$ 5,0727, depois de oscilar entre R$ 4,9664 e R$ 5,0875
Ibovespa mergulha 2,25%, aos 105.444 mil pontos
O Ibovespa hoje opera, às 15h45, em queda de 2,25%, atingindo 105.444 pontos. O índice é pressionado pelo cenário exterior, com alta aversão ao risco. Dados da atividade industrial chinesa mostram o impacto com o novo confinamento do país devido a Covid-19, além de expectativas de um cenário de alta mais fortes nos juros americanos.
O destaque positivo fica com as ações do Pão de Açúcar (PCAR3), subindo 5,26%, seguidas pela Braskem (BRKM5) e Suzano (SUZB3), subindo 2,19% e 1,49%, respectivamente. As ações do Pão de Açúcar tem alta pela notícia de que Abílio Diniz pode retornar ao controle da empresa. O mercado também reflete positivamente a divulgação do balanço do 1T22 da Braskem, que registrou aumento do uso da capacidade instalada em suas usinas.
Já na ponta negativa quem lidera é Azul (AZUL4), seguido de Banco Pan (BPAN4) que vão caindo, respectivamente, 8,65% e 7,80%, e então Gol (GOLL4), que recua 7,56%. As aéreas sofrem com a alta do dólar, na medida em que elas possuem parte de sua dívida atrelada a moeda.
Veja a rentabilidade das taxas do Tesouro Direto
Confira a tabela das taxas de rentabilidade do Tesouro Direto desta segunda-feira (2).

Dólar sobe 1,15% e é negociado a R$ 5,02 com Fed e Copom no radar
O mercado de câmbio opera alinhado à valorização do dólar ante pares principais e algumas divisas emergentes e ligadas a commodities.
Às 11h58, o dólar hoje subia 1,15%, a R$ 5,02. O dólar futuro para junho ganhava 0,49%, a R$ 5,04.
Os investidores ajustam posições em meio ao avanço dos retornos dos Treasuries e uma piora dos índices futuros de Nova York há pouco, com investidores na expectativa de que o Federal Reserve (o banco central norte-americano) poderá elevar em 0,50 ponto os juros nos Estados Unidos no fim de seu reunião de política monetária, nesta quarta-feira.
No Brasil, os investidores aguardam também a decisão de política monetária do Copom, na quarta, e a aposta majoritária é de alta da Selic de 1 ponto, a 12,75% ao ano. Os economistas esperam ainda mudança na comunicação do Copom, que permita novos apertos de juros por causa da inflação elevada no País.
Mercado financeiro eleva projeção do IPCA para 7,89% em 2022
O Boletim Focus, do Banco Central que aponta projeção do mercado financeiro, indicou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022 deverá ser 7,89%. A previsão é maior do que a semana ada, quando a inflação estava prevista em 7,65%. Trata-se da 16ª semana consecutiva de alta de projeção da inflação.
Desde o ano ado, o Boletim Focus já sinalizava a inflação de 2022 acima do teto da meta estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN estipulou como meta a inflação em 3,5% em 2022, com um intervalo de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Ou seja, 2% é o piso da meta e 5% é o teto.
Com a expectativa do IPCA acima da meta no próximo ano, o mercado manteve sua previsão para a taxa Selic em 2022. O relatório desta segunda-feira prevê o juros básico do País em 13,25% ao final do ano.
Prévia do PIB sobe 0,34%, abaixo das expectativas.
A economia brasileira voltou ao campo positivo em fevereiro após recuo em janeiro, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,34% ante o mês anterior, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em janeiro, a queda havia sido de 0,73% (dado revisado nesta segunda-feira, 2).
Com a trégua na greve dos servidores do BC até hoje, a autarquia começou a atualizar na semana ada as divulgações que estavam atrasadas, como o IBC-Br, que deveria ter sido divulgado 14 de abril.
Os servidores do BC vão retomar a greve a partir desta terça-feira (3) e o Banco Central ainda não se pronunciou sobre o efeito nas próximas divulgações.
Ibovespa abre estável
O Ibovespa hoje abre estável, em leve queda de 0,03% aos 107.820 pontos.
O destaque, na ponta positiva, são as ações do Pão de Açúcar (PCAR3), com alta de 6,6%. Enquanto isso, a PetroRio (PRIO3) fica na ponta negativa, em queda de 3%.
Na agenda econômica, o PMI Industrial Markit brasileiro fica em 51,8. O IBC-Br sobe 0,34% abaixo do consenso de mercado.
No radar corporativo, a Movida (MOVI3) registrou lucro líquido de R$ 258,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 135,7% na comparação anual.
Já a Braskem teve queda de 7% nas vendas de resinas no mercado brasileiro em relação ao primeiro trimestre de 2021, para 885 mil toneladas, enquanto avançaram 2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
PMI da Alemanha cai para 54,6
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da Alemanha caiu de 56,9 em março para 54,6 em abril, atingindo o menor nível em 20 meses, em meio aos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A leitura definitiva, porém, ficou acima da estimativa preliminar de abril e também da previsão do consenso de mercado, de 54,1 em ambos os casos.
Apesar da queda, o resultado acima da barreira de 50 mostra que a manufatura alemã continuou se expandindo no mês ado, ainda que em ritmo mais fraco.
Vendas no varejo da Alemanha caem 0,1% em março ante fevereiro
As vendas no varejo da Alemanha sofreram queda de 0,1% em março ante fevereiro, segundo dados com ajustes sazonais.
O resultado frustrou o consenso de mercado, que mirava alta de 0,3% no período. Na comparação com o mesmo mês de 2021, o setor varejista alemão vendeu 2,7% menos em março deste ano, informou a Destatis.
Petrobras (PETR4) inicia produção do FPSO Guanabara no campo de Mero
A Petrobras (PETR4) iniciou a produção de petróleo e gás natural por meio do FPSO Guanabara, primeiro sistema de produção definitivo instalado no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás), tem capacidade de processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás, o que representa 6% da produção operada pela Petrobras, contribuindo para o crescimento previsto da produção da companhia.
Segundo a companhia, Mero é o terceiro maior campo de petróleo do pré-sal (atrás apenas de Búzios e Tupi).
A plataforma chegou ao campo de Mero no fim de janeiro de 2022. Neste período, foi conectada a poços e equipamentos submarinos, e ou pelos testes finais antes de dar início à produção.
Na primeira onda serão interligados seis poços produtores e sete injetores ao FPSO. A previsão é que a plataforma atinja o pico de produção até o final de 2022.
Ibovespa futuro abre em alta em meio a bolsas mundiais mistas
O Ibovespa futuro abre em alta de 0,25% após fechar o mês de abril em queda de 11%, o pior mês para a bolsa desde março de 2020.
Na última sexta (29), o índice fechou a 107,876.16 pontos. Os mercados seguem com uma visão negativa acerca do cenário macroeconômico, com inflação acima do esperado e uma consequente alta de juros mais ‘apertada’ por parte do Fed.
O S&P cai 0,31% ante baixa de 0,5% da Nasdaq no premarket. Na Europa, bolsas mistas, com quedas de cerca de 1,5% ao o que Londres mostra 0,5%.