Ibovespa começa última semana de maio em leve alta, à espera de estatísticas
O Ibovespa abriu a última semana de maio em alta moderada, de 0,23%, com fechamento em 138.136,14 pontos, numa segunda-feira (26) de volume enfraquecido pelo feriado do Memorial Day nos Estados Unidos: o giro foi de apenas R$ 10,9 bilhões, menos da metade da média diária. Em maio, o Ibovespa acumula alta de 2,27% e, no ano, avança 14,84%.

O mercado pareceu atuar em como de espera, entre o adiamento da imposição de tarifas de 50% dos EUA sobre produtos da União Europeia, de junho para julho, e a discussão ainda viva sobre o aumento do IOF, anunciado na semana ada pelo governo, parcialmente revertido e criticado nesta segunda pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, que ameaçou tentar revogar o decreto que estabeleceu as novas regras para o tributo.
“A oposição já entrou com um pedido para derrubar essa medida do governo em relação ao IOF, e a gente tem, obviamente, todo o contexto do Trump que causa volatilidade no mercado”, explicou Alison Correia, analista e co-fundador da Dom Investimentos.
A semana tem pela frente, aqui no Brasil, o anúncio do IPCA-15, prévia da inflação de maio, nesta terça-feira (27); o Caged, com dados do mercado de trabalho formal na quarta-feira (28); e os dados do PIB do primeiro trimestre, na sexta (30). Nos EUA, saem na quinta-feira a segunda leitura para o PIB do primeiro trimestre e o PCE, índice de inflação preferido para as análises do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) antes das decisões de juros.
Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia
A progressão do Ibovespa foi contida nesta segunda-feira pelo desempenho da principal ação da carteira, Vale (VALE3), que cedeu 0,57%. O dia foi misto para as cotações do petróleo e também para as ações de Petrobras (PETR3, +0,03%; PETR4, -0,32%).
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta segunda que tanto a gasolina quanto o diesel estão abaixo do preço de paridade internacional, e que a empresa pode reduzir seus preços nas refinarias caso a cotação do petróleo continue caindo. A declaração, segundo analistas, contribuiu para o desempenho cauteloso do papel na sessão.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Por outro lado, o dia foi em geral positivo para as ações dos maiores bancos, com destaque para a recuperação parcial do Banco do Brasil (BBAS3, +1,02%), que acumulou perdas desde o anúncio do balanço do primeiro trimestre, e ainda cede quase 15% no mês. Outro destaque na ponta ganhadora é a Braskem (BRKM5,+4,15%), com valor puxado por uma proposta de venda recebida por sua controladora, a Novonor, a um fundo liderado pelo empresário Nelson Tanure.
Com Estadão Conteúdo