Fipe eleva projeção do IPC do ano; motivo principal é alta dos alimentos
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) aumentou as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 2019, principalmente pela alta dos preços dos alimentos. A projeção do índice, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu de 3,58% a 3,98%.
A expansão da projeção ocorreu após a divulgação do resultado de fevereiro. Confira abaixo a alta do IPC-Fipe, indicador da inflação, de janeiro e fevereiro:
- janeiro: 0,58%
- fevereiro: 0,54%
O coordenador do índice, Guilherme Moreira, explicou ao “Estado de S. Paulo” que a revisão das expectativas do IPC-Fipe para 2019 é devida principalmente ao preço dos alimentos.
Por conta de problemas de oferta, houve uma subida significativa nos preços dos alimentos. Segundo Moreira, apenas o feijão obteve acréscimo de 79,47% neste ano, por conta da quebra de safra.
As chuvas deste início de ano também prejudicaram as lavouras, e consequentemente, encareceram os preços dos seguintes alimentos:
- batata;
- beterraba;
- cenoura;
- pimentão;
- e quiabo.
Deste modo, a Fipe elevou a estimativa de inflação nos preços de Alimentação, de 5,07% a 6,22%.
Contudo, Moreira destaca que o aumento na projeção de inflação da Alimentação neste ano, não altera o cenário comportado de inflação geral para o ano.
O coordenador atribui a alta dos preços ao problema de oferta pontual. Assim, segundo Moreira, apesar de afetar o IPC-Fipe do ano, os preços da Alimentação devem ser normalizados parcialmente até o fim do ano.
“A alta dos alimentos é por conta do clima. A inflação está comportada e não vemos nenhuma fonte de pressão esse ano”, disse o coordenador ao “Estado de S. Paulo”.
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Cálculo do IPC-Fipe
O cálculo IPC-Fipe é feito a partir da variação de preços de produtos de sete categorias diferentes:
- Habitação;
- alimentação;
- transportes;
- despesas pessoais;
- saúde;
- vestuário;
- e educação.
Os produtos e serviços que têm preços analisados pelo IPC-Fipe são definidos pela POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares). Essa relação indica quais são os gastos médios de cada família, e quais os itens mais importantes.
