Embraer (EMBR3) deve receber aporte de US$ 1 bilhão do BNDES
A Embraer (EMBR3) deve receber um aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) até julho, devido ao atual cenário motivado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Embora a prioridade do aporte seja o pagamento de funcionários e fornecedores locais da Embraer, o banco visa evitar que o montante seja usado com dívidas antigas, distribuição de dividendos e o pagamento de bônus de executivos da empresa.
Entretanto, nem o BNDES nem a fabricante de aeronaves pretendem que o banco seja acionista majoritário da empresa, por isso o valor do aporte deve ser preciso.
Devido a pandemia, a fabricante de aeronaves viu as viagens aéreas reduzirem drasticamente e durante a tarde dessa segunda-feira (4) suas ações ordinárias estavam e entre as maiores baixas do Índice Bovespa (Ibovespa).
Segundo fontes, a operação será sindicalizada com outros bancos privados e conta com:
- Empréstimos de longo prazo;
- Debêntures conversíveis;
- Emissão de derivativos com bônus de subscrição.
O BNDES já começou as negociações com o Bradesco, Itaú e Santander, e embora os bancos privados tenham demostrado interesse na operação, analistas preveem que esses não apresentam interesse em participação acionária, desse modo seriam apenas credores.
Por fim, o BNDES pretende que as operações de socorro às empresas aéreas já estejam no mercado antes de terminar a o negócio.
Embraer abre processo de arbitragem contra Boeing
A Embraer anunciou na última segunda-feira (27) que iniciou o processo de arbitragem com Boieng (NYSE: BA), após a fabricante estadunidense rescindir o acordo de t-venture no último dia 25.
A companhia norte-americana cancelou a compra do controle da divisão de aviação da Embraer. O acordo entre as duas fabricantes de aeronaves foi anunciado em 2018 e estava avaliado em US$ 4,2 bilhões (cerca de R$ 23,5 bilhões).
Saiba mais: Embraer (EMBR3) propõe redução de salários de 25%
O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, não deu maiores detalhes sobre o processo, durante a teleconferência realizada na última segunda-feira. O diretor também não informou se a companhia poderá abrir uma ação na Justiça brasileira ou estadunidense.
