Em estreia, G2D (G2DI) abre em queda de 2,40% na B3
A G2D estreou na B3 (B3SA3) nesta segunda-feira (17). Com o código G2DI, o BDR cai cerca de 2,40%, negociado a R$ 7, por volta das 10h30. A novata é uma subsidiária com foco em investimentos em tecnologia da GP Investments, companhia sedeada na Bahamas. Os papéis começam a ser negociados após a oferta inicial de ações (IPO) ter sido reduzida em quase metade do previsto inicialmente.
No começo, o volume mínimo da oferta da G2D foi estabelecido em cerca de 55,8 milhões de papéis – quantia que diminuiu para 26,5 milhões, segundo documento publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última semana.
A companhia distribuiu de forma primária aproximadamente 36,3 milhões de BDRs, precificados a R$ 7,16, em processo finalizado na última sexta-feira (14). Movimentou, com isso, R$ 260 milhões, bem menos do que o previsto nos primeiros documentos do IPO: a G2D pretendia ofertar 139,7 milhões de papéis e movimentar até R$ 1 bilhão.
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Com a redução do volume de BDRs, porém, a subsidiária conseguiu ao menos precificar seus papéis dentro da faixa indicativa de preço que estabeleceu, que ia de R$ 5,73 a R$ 8,59.
A G2D tem uma dívida de cerca de R$ 100 milhões com o BTG Pactual (BPAC11). Segundo o prospecto final, a companhia pretende utilizar os recursos para amortizar suas dívidas e, além disso, para conseguir mais capital de giro, integralizar investimentos contratados e fazer novos aportes e aquisições.
A menor colocação de BDRs se dá em um momento em que o mercado se encontra volátil, com uma série de empresas cancelando seus IPOs ou pelo menos os adiando: Agrogalaxy, Wine e Kalunga são alguns dos nomes conhecidos que optaram por interromper seus processos nos últimos meses.
O fato de a G2D ter colocado um valor mínimo de R$ 3 mil para os investidores que desejassem participar da oferta também atrapalhou, segundo comentários, a demanda pelo papel.
G2D tem participação em diversas empresas de tecnologia brasileiras
A G2D tem, atualmente, participação em uma série de companhias de tecnologia brasileiras. São, por exemplo R$ 13 milhões investidos no Mercado Bitcoin, com participação de 3,5% na plataforma de criptomoedas e ativos digitais.
Outros nomes do portfólio são Notco, foodtech chilena, Blu, fintech de antecipação de recebíveis e a Quero Educação, edutech brasileira que trabalha, principalmente, com a distribuição de bolsas de estudo.
Com a oferta sendo apenas primária, e sem a colocação dos lotes adicional e suplementar, o quadro societário da G2D fica distribuído em 35%,7% para a GP Cash, 15,9% para a Spice Private Equity, 12,8% para a GPIC, 6,94% para a GPCM e 28,5% em circulação. Houve também a colocação de ações na bolsa de Bermudas.
