Dólar encerra o pregão em queda de 1,41%, negociado a R$5,600
O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (06) em queda de 1,41%, negociado a R$5,600, após ter anotado uma queda de 0,62% ontem.

O dólar registrou queda nesta tarde com os dados econômicos da China e dos Estados Unidos, principais economias do mundo, demonstrando ao investidor internacional uma retomada de crescimento econômico.
Ao o que ontem, foi dia dos indicadores nacionais repercutirem os dados fortes de empregos dos EUA que ficaram acima do esperado pelo mercado. Hoje, foi a vez da China que apresentou recuperação do setor de serviços.
Para a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “o dólar acelerou o ritmo de queda ao longo do dia de hoje, já fazia algumas semanas que não víamos esse patamar de R$ 5,60”.
Quartaroli explica ainda que o Real se beneficiou principalmente com o anúncio de que o Brasil irá comprar mais vacinas para combater o avanço da pandemia do coronavírus (covid-19).
“De fato, o mercado está bastante dependente do ritmo da pandemia, das vacinas, do número de casos, etc”.
Além disso, confira outras notícias importantes do dia:
- FMI eleva previsão do PIB do Brasil de 3,6% para 3,7% em 2021
- Guedes ao FMI: Política monetária segue acomodatícia e mercado, resiliente
- Secretária do Tesouro dos EUA espera volta ao pleno emprego em 2022
- Objetivo é maximizar disponibilidade de recursos às pessoas, diz Banco Mundial
PIB do Brasil
O relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês) de abril, divulgado nesta terça-feira (6) mostrou que o Fundo Monetário internacional (FMI) elevou projeção de crescimento do Brasil em 2021, de 3,6% prevista em janeiro para 3,7%.
Contudo, o FMI manteve a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do País de 2,6% para 2022.
Em relação às previsões realizadas em outubro pelo Fundo, ocorreram mudanças mais expressivas, pois as estimativas eram de altas do PIB de 2,8% para este ano e de 2,3% para o próximo.
Guedes
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, mesmo com o aumento dos juros definido pelo Banco Central no mês ado, a política monetária brasileira permanece “muito acomodatícia” e o setor financeiro, que estava muito bem posicionado quando a crise estourou, tem mostrado “notável resiliência”.
Estas são algumas das observações feitas por Guedes em um documento enviado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que foi publicado nesta terça-feira (6). O texto é uma formalidade que antecede o Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) da Reunião de Primavera do Fundo, marcado para a quinta-feira (8) e traz a visão pública do ministro sobre vários temas.
Economia dos EUA
A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, espera que os Estados Unidos retomem o pleno emprego em 2022.
Segundo ela, o governo do presidente Joe Biden decidiu agir “de forma grande”, com uma série de medidas fiscais para vencer a pandemia e viabilizar a recuperação econômica do país com rapidez, porque os riscos da crise eram expressivos, sobretudo, para a geração de postos de trabalho em nível nacional.
De acordo com Yellen, o governo norte-americano incentiva “os países em desenvolvimento a empregar políticas fiscal e monetária para apoiar a recuperação global”.
Banco Mundial
O presidente do Banco Mundial, David Mal, reforçou nesta terça-feira que o objetivo da entidade é maximizar a disponibilidade de recursos às pessoas, garantindo liquidez no sistema financeiro.
Nas suas considerações iniciais em que mediou nesta terça-feira dentro da chamada Reunião de Primavera, com participação da secretária do Tesouro, Janet Yellen, e da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, Mal lembrou medidas já costuradas pelo Banco Mundial para chegar a tal objetivo, como a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, na sigla em inglês).
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (5), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,62%, negociado a R$ 5,698.