Dólar encerra em alta de 0,43%, negociado a R$ 5,41
O dólar encerrou nesta quarta-feira (11) em alta de 0,43%, negociado a R$ 5,4160 na venda.
O dólar iniciou o dia próximo da estabilidade com o embate político sobre a vacina da China no Brasil e a declaração do presidente da República Jair Bolsonaro sobre o novo presidente dos Estados Unidos no radar.
Por volta das 10h20, o dólar operava em alta de 0,08%, negociado a R$ 5,4194. Na última terça-feira (10) o ensaio clínico da Coronavac, imunizante chinês, havia sido suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido a classificação de efeito adverso em um paciente.
O efeito adverso foi devido a morte de um paciente, que momento mais tarde, se revelou que não foi relacionada com os testes ou com a covid-19. O caso, segundo o site UOL, é tratado como suicídio e foi registrado dessa forma no boletim de ocorrência da Polícia Civil.
Durante o dia o mercado acompanhava a afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil na última segunda-feira, que se as pautas sobre reformas não forem aprovadas a moeda norte-americana pode chegar a R$ 7.
Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nesta quarta-feira:
- B3 (B3SA3): Investidores estrangeiros ingressam com maior aporte diário desde 2007
- BCE não descarta nenhuma medida na próxima decisão de política monetária, diz integrante
- Brasil se aproxima de proposta dos EUA contra 5G chinês
B3:
A B3 (B3SA3) informou nesta quarta-feira (11) que os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,502 bilhões na Bolsa de Valores Brasileira, na última segunda-feira (9). O aporte foi o maior em um único dia em termos nominais, desde 2007, ano em que se inicia a série de dados diários compilados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No pregão, o Ibovespa encerrou em alta de 2,57%, aos 103.515,16 pontos, com um forte giro financeiro de R$ 49,1 bilhões. A B3 acompanhou a onda de otimismo no exterior em função das eleições norte-americanas, com a vitória do democrata Joe Biden e além disso, com o anúncio da vacina da Pfizer e da BioNTech contra o novo coronavírus (Covid-19), a qual apresentou eficácia de mais de 90% em testes da fase 3.
Diante do resultado favorável, as carteiras em todo o mundo tiveram um movimento de giro de setores, com ações consideradas “de valor”, como as dos grandes bancos, após fortes perdas que registraram desde o início da crise gerada pela pandemia da Covid-19.
Banco Central Europeu
Integrante do comitê de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), Klaas Knot declarou nesta quarta-feira (1), em entrevista à CNBC, não ter descartado nenhuma medida para a próxima decisão de política monetária do banco, que será realizada em dezembro.
Ao comentar sobre os juros negativos, o dirigente do BCE revelou que pondera a possibilidade, dizendo que seus efeitos “devem ser observados”.
“Teremos novas projeções em dezembro, não sabemos os impactos de uma segunda onda, e outros fatores”, informou Knost, ressaltando ainda que pode “recalibrar” a política monetária de acordo com o cenário econômico europeu.
Disputa 5G
Ontem, o governo Jair Bolsonaro deu um o importante no apoio à iniciativa dos Estados Unidos para barrar a tecnologia chinesa do 5G. Depois de um evento no Itamaraty, o governo brasileiro declarou apoio à iniciativa “Clean Network” (“Rede Limpa”), lançada pelo governo Donald Trump.
O programa é uma iniciativa diplomática dos EUA para convencer países a banir de suas redes de telecomunicações “fornecedores não confiáveis”. O programa de Trump é definido ainda como uma forma de proteção da privacidade de cidadãos e informações sensíveis de empresas de invasões agressivas de “atores malignos como o Partido Comunista Chinês (PCC)”.
“O Brasil apoia os princípios contidos na proposta do ‘Clean Network’ feita pelos Estados Unidos, inclusive na Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), destinados a promover no contexto do 5G e outras novas tecnologias um ambiente seguro, transparente e compatível com os valores democráticos e liberdades fundamentais”, disse o secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (10), a moeda estadunidense encerrou em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,393. Portanto, o dólar hoje permanece como encerrou na véspera, em alta.
