B3 autoriza empréstimo de cotas e FIIs e FIPs poderão ser ‘shorteados’
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) informou nesta terça-feira (27) que operações de empréstimos de cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) e de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) deverão ser liberadas a partir de novembro desse ano.

No comunicado, a B3 explicou que “o empréstimo de FII e FIP será disponibilizado para negociação com as mesmas características e regras do empréstimo de ações“.
Além disso, a Bolsa de Valores destacou que fica vedada a negociação do produto aqueles investidores que possuírem mais de 10% de participação em um único FII.
O objetivo do projeto é atender a demanda dos clientes pelo empréstimo de FII e FIP, bem como disponibilizar mais um produto para empréstimo e assim desenvolver o mercado de Fundos Imobiliários, de acordo com o comunicado.
No entanto, fontes próximas do assunto informaram ao jornal ‘InfoMoney’, que inicialmente, não serão todos os FIIs que estarão disponíveis para empréstimo, ao o que no início os fundos serão selecionados através um filtro de liquidez e de número de cotistas.
O empréstimo de ações ou cotas de FIIs permite que esses papeis possam sofrer vendas ao descoberto, ou seja ser “shorteados”.
Investidores em FIIs chegam a um milhão pela primeira vez
O Número de investidores pessoas físicas em FII chegou, em meados de setembro, em um milhão, de acordo com o boletim publicado pela B3, referente à dados do fechamento de agosto.
Em agosto de 2019, o total de investidores em FIIs ficava em 698 mil. Atualmente, mais de 260 fundos imobiliários já estão listados no mercado brasileiro. segundo o boletim da B3. Em 2017, esse número ficava em 156.
Em entrevista ao SUNO Notícias, o analista de FIIs, Professor Marco Baroni, apontou que o que aconteceu com os FIIs é consequência dos juros baixos, uma vez que o dinheiro aplicado em bancos tendem a ter rentabilidade próxima a zero.