Banco Central vende US$ 200 milhões à vista no mercado
O Banco Central (BC) vendeu nesta quarta-feira (21) US$ 200 milhões à vista. A instituição monetária não vendia suas reservas internacionais desde fevereiro de 2009.
Até a próxima quinta-feira (29), o banco pretende vender US$ 3,845 bilhões. Na última semana, o Banco Central informou que poderia vender até US$ 550 milhões.
Além disso, a instituição negociou a quatro mil contratos de swap cambial reverso. Os contratos podem ser utilizados para a compra de dólares futuros.
As reservas internacionais do governo atualmente somam US$ 388 bilhões. Portanto, a venda de US$ 3,8 bi ocasionaria uma redução de menos de 1% do valor total.
As reservas internacionais só podem ser compradas por grandes instituições financeiras e corretoras autorizadas pelo Banco Central. Dessa forma, compradores comuns não podem participar da operação.
Causa para a venda realizada pelo Banco Central
A medida é uma forma de proteção cambial após a desvalorização do real ante o dólar que ocorreu ao longo das últimas semanas.
“Considerando a conjuntura econômica atual, a redução na demanda de proteção cambial (hedge) pelos agentes econômicos por meio de swaps cambiais e o aumento da demanda de liquidez no mercado de câmbio à vista, o Banco Central do Brasil comunica que, para efeito de rolagem da sua carteira de swaps, implementará a oferta de leilões simultâneos de câmbio à vista e de swaps reversos”, informou o BC em nota na última semana.
O dólar encerrou esta quarta-feira cotado em R$ 4,0314. Em menos de um mês, a moeda norte-americana ou de R$ 3,72, em 18 de junho, para R$ 4,04, em 14 de agosto.
Perda de R$ 13,65 bi com contratos de swap cambial
O Banco Central informou que fechou os primeiros 16 dias de agosto com uma perda de R$ 13,65 bilhões com swap cambiais. Em contrapartida, a conta do BC está em saldo positivo em R$ 3,782 bilhões em 2019.
Saiba mais: Banco Central registra perda de R$ 13,65 bi com contratos de swap cambial
Os contratos possuem como objetivo dar ao BC a possibilidade de oferecer proteção ao mercado em momentos inconstantes do mercado. Assim, a instituição perde quando o dólar cresce acima do real, mas ganha quando a moeda brasileira se valoriza.
No ano ado, o Banco Central apresentou saldo negativo acumulado em R$ 15,125 bilhões.
