B3 (B3SA3): banco recomenda compra após resultado trimestral e chama atenção para um dado do 2T23
A B3 (B3SA3) mostrou um controle de custos que superou as expectativas, diz o BTG Pactual ao avaliar os resultados operacionais da empresa. Para o banco, os números do segundo semestre foram decentes, reforçando a recomendação de compra das ações.
“No geral, o 2T23 da B3 foi um trimestre decente. Um sentimento de mercado melhor geralmente gera resultados mais fortes e múltiplos de avaliação mais altos para a B3, que possui margens muito elevadas, é um grande gerador de caixa”, dizem os analistas do BTG.
O lucro líquido da B3 atribuído aos acionistas foi de R$ 1,052 bilhão, indicando uma queda de 3,6% em relação ao período anterior. Os dados, segundo o BTG, foram 3% acima das estimativas do banco, principalmente devido a um melhor controle de custos e ganhos financeiros mais fortes.
A receita total da B3 atingiu R$2,2 bilhões, alta de 1% em relação ao trimestre anterior e queda de 1% na comparação anual. “Os números reforçam o compromisso da B3 em atingir a parte inferior de suas orientações de despesas”, afirma o BTG.
B3 conseguiu reduzir despesas vinculadas à receita, mostram analistas
O BTG afirma que os gastos operacionais da B3 foram 2% melhores que as estimativas, totalizando R$859 milhões.
“Embora as despesas com pessoal tenham aumentado em relação aos trimestres anteriores e ao mesmo período do ano anterior devido à inflação salarial, a B3 conseguiu reduzir as despesas vinculadas à receita, principalmente na infraestrutura para o segmento de financiamento”, explica a equipe do BTG.
Além disso, a empresa cortou despesas com serviços de terceiros e demonstrou maior eficiência nas despesas principais. As despesas principais do negócio diminuíram 3% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 320 milhões, enquanto as despesas não principais permaneceram praticamente estáveis na comparação anual, totalizando R$ 139 milhões.
O BTG também afirma que os resultados financeiros da B3 ficaram 42% acima das expectativas, atingindo R$103 milhões, queda de 15% em relação ao trimestre anterior e aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2022.
BTG recomenda compra
No geral, o BTG avalia o 2T23 como bom e abre expectativa de melhor desempenho após a flexibilização monetária.
“Na verdade, temos reiterado há muito tempo a B3 como uma de nossas opções preferenciais para aproveitar o modo ‘risco ligado’ nos mercados de capitais do Brasil, uma chamada que acreditamos que continuará a se sair bem no curto prazo com o iminente ciclo de flexibilização monetária”, explica os analistas.
Outro ponto é que as expectativas de lucros geralmente aumentam durante os “mercados de alta” e (Preço/Lucro) podem ultraar 20 vezes, com prêmios maiores aos acionistas.
Com isso, o BTG recomenda compra das ações da B3, com preço-alvo a R$ 17.
B3 encolhe lucro em 3,6% para R$ 1,052 bilhão
A B3 divulgou seus resultados financeiros, apresentando um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,052 bilhão, indicando uma queda de 3,6% em relação ao período anterior.
Se forem excluídos itens não recorrentes, como despesas de M&A, outras receitas não recorrentes, impactos fiscais e amortização de intangível, o lucro líquido da B3 teria alcançado R$ 1,168 bilhão, registrando uma diminuição de 4,3%.
Enquanto isso, o lucro líquido recorrente ajustado apresentou uma queda de 12,9%, influenciada pelo término da amortização fiscal do ágio da combinação de negócios com a Cetip.
O Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o total de R$ 1,632 bilhão, indicando uma diminuição de 2,2%. A margem correspondente foi de 73,6%, em comparação aos 74,4% registrados um ano antes.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 2,230 bilhões, exibindo um decréscimo de 0,5%, enquanto as despesas apresentaram um aumento de 2%, somando R$ 859 milhões.
O resultado financeiro, por sua vez, apresentou uma virada, ficando positivo em R$ 102,8 milhões, em contraste com uma cifra negativa de R$ 15,3 milhões registrada no mesmo período do ano anterior.
Cotação
Na tarde de sexta-feira (11), as ações da B3 caíram 0,49%, cotadas a R$ 14,20.
