Radar do Mercado: CVC (CVCB3) contrata empréstimo de US$ 90 milhões no Citibank

- Empresa fez um contrato de empréstimo no exterior no valor de US$ 90 milhões com o Citibank pelo prazo médio de 2 anos e cinco meses.
- Ao mesmo tempo, a companhia assinou um contrato de hedge, trocando a exposição à variação cambial, mais a taxa de juros do valor do CDI + 1,50% a.a, sem garantias.
- A operação foi realizada no contexto da renovação de empréstimo-ponte contratado em 01/11/2019, no valor de aproximadamente R$ 308,3 milhões, destinados principalmente ao pagamento da aquisição do controle da Almundo.
Recentemente a CVC divulgou um fato relevante referente a uma atualização contábil que precisará fazer no seu demonstrativo do 4T19.
Sem dúvidas essa notícia aumentou o pessimismo sobre a companhia, porém sabemos que essa correção não alterará o caixa atual da empresa e os seus fundamentos de longo prazo permanecem inalterados.
Desse modo, enxergamos um ambiente de pessimismo exagerado sobre a companhia devido a uma série de motivos pontuais e que poderão ser paulatinamente sanados ao longo do tempo.
Compreendemos que essas quedas geram uma desconfiança natural por parte dos nossos s sobre os papéis dessa companhia. No entanto, como relataremos mais a frente, todos esses fatores não am de efeitos pontuais e ageiros.
Vale ressaltar que a CVC já vinha sofrendo de fatores totalmente fora do seu controle, tais como:
- Quebra da Avianca no Brasil, o que gerou cancelamento de voos e despesas não recorrentes para a companhia.
- Acúmulo de óleo no litoral da região Nordeste, principal destino turístico da companhia.
- Surto de coronavírus e aumento acelerado da cotação do dólar, o que gera um ambiente desfavorável no curto prazo para o turismo.
- Decisão desfavorável do Carf, mas com processo istrativo ainda em andamento para instâncias superiores e com provável discussão na esfera judicial.
Recentemente sua cotação tem sido afetada consideravelmente, no entanto nós não concordamos com isso e vemos a CVC atenta e bem posicionada para seguir capturando o crescimento do mercado de turismo brasileiro, apesar dos impactos negativos de curto prazo.